Como é que o sono está relacionado com as nossas ligações sociais?
As perturbações do sono afetam a nossa vida de diversas formas, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Falta de concentração, imunidade enfraquecida e aumento de peso, são apenas alguns dos aspetos negativos de quem sofre de insónia. Entretanto, a Dra. Wendy Troxel, cientista sénior de Comportamento e Socialismo da Rand Corporation, argumenta que o sono é também um esforço social.
No seu novo livro, “Sharing the Covers”, (Partilhando os Lençóis), fala sobre a razão pela qual dormir com o parceiro ou parceira, pode não ser melhor para um casal, pois um bom sono pode levar a discussões mais produtivas e tem um impacto direto nas nossas relações mais próximas.
É mau se os casais dormirem separados?
Nos seus quinze anos de estudo, essa é uma das perguntas mais frequentes que a Dra. Troxel recebe. As pessoas estão a verificar uma série de mitos sobre o que significa dormir juntos, e isso, está a produzir alguma vergonha para casais que optam por dormir separados.
“Alguns dos nossos tratamentos do sono, afetam de facto, o parceiro. Aconselho e encorajo, certamente, os casais a serem envolvidos no tratamento do sono em conjunto.”
Quando se mede o sono das pessoas, estas de facto dormem pior quando partilham uma cama, em comparação com quando dormem sozinhas. Quando se tem outro ser humano no espaço partilhado consigo, há mais oportunidades de perturbação: há deslocamento no colchão, ele ou ela rouba um lençol, ele ou ela acorda. E, sabemos que os padrões de sono dos casais são, até certo ponto, sincronizados. Isso significa que, em qualquer altura da noite, quando um determinado parceiro está acordado ou a dormir, é provável que o outro parceiro também esteja nessa mesma fase.
Pode haver benefícios psicológicos de partilhar uma cama, mesmo que, por vezes, isso acarrete alguns custos para dormir. De acordo com a especialista, mais do que tudo, fala do facto de estarmos, em muitos aspetos, ligados à sociedade e de confiar nas nossas ligações sociais quando nos sentimos mais vulneráveis, o que inclui o nosso sono.
O impacto da qualidade do sono nas nossas relações
A Dr. Troxel argumenta que os casais enfrentam, frequentemente, uma pressão social para dormirem juntos, mesmo que esse acordo conduza a uma pior qualidade de sono.
Sim, precisamos de um sono saudável e há muitas coisas que podem interferir com o nosso sono. E sim, também temos este impulso de ligação durante a noite. Trata-se de casais que descobrem o que funciona melhor para eles, tanto para maximizar a sua qualidade de sono, como a qualidade da sua relação.
O sono é uma parte crítica da nossa resiliência mental e relacional. Afeta aspetos das nossas emoções, os nossos estados de espírito, a nossa capacidade de regular as nossas emoções, a propensão para o conflito, a capacidade de resolução de problemas, e a capacidade de comunicação.
E, quando essas coisas correm mal, será mais provável que seja o parceiro a ter de suportar o peso dos nossos maus humores e comportamentos, que sabemos serem consequências de um sono deficiente.
O Sono é um Luxo?
É uma tendência cultural explorar a importância do sono. Existem referências a isto, na cultura popular, em canções famosas, por celebridades, por políticos, por vários líderes mundiais, que defendem a ideia de que se dorme quando está morto. E, infelizmente, também sabemos que existem iniquidades no sono, assim como existem iniquidades em praticamente todos os outros resultados de saúde. E isso, é particularmente importante durante a COVID-19, onde vemos as desigualdades existentes a serem agravadas.
É fácil permitir que o nosso desejo de encher o maior número possível de atividades, para um dia de 24 horas, domine as nossas atitudes. Entretanto, a lista de problemas de saúde, associados ao mau sono, devem ser suficientes para que priorize essa atividade tão subestimada: artrite dolorosa, diabetes, depressão, ansiedade, apneia do sono, entre outras coisas.
É claro que nem sempre temos total controlo das nossas noites de sono. A idade, por exemplo, pode ser um grande influenciador disso. Num inquérito telefónico nacional, de 2005 a 1.003 adultos, com 50 anos ou mais, a Organização Gallup descobriu que apenas um terço dos adultos mais velhos dormia bem todos os dias. Menos de metade dormia mais de sete horas, e um quinto, dormia menos de seis horas por noite.
Hábitos que prejudicam a noite também incluem: menos atividade física, menos tempo passado ao ar livre (a luz solar é o principal regulador da sonolência e vigília do corpo), menos atenção à dieta, tomar medicamentos que podem perturbar o sono, cuidar de um cônjuge cronicamente doente, ter um parceiro que ressona, entre muitos outros.
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